DIANA DRAGNA
— Os vizinhos ouviram a gritaria e chamaram uns policiais que estavam na redondeza. — Elena, continuou a contar. — Por sorte, eles chegaram a tempo, e tiram aquele homem de cima de mim, antes que ele terminasse, me matando.
— Depois disso, vocês foram direito para a delegacia? — Pergunto.
— Sim, foi tudo muito rápido. Não tive tempo de pegar nada, apenas fui com os policiais para prestar queixa na delegacia.
— E a sua mãe? Ela vai ficar do lado dele?
Ela suspira, triste.
— Sim, ela sempre ficou do lado dele, mesmo sabendo de tudo que ele fez comigo. — Elena continua. — Ela provavelmente está me ligar como louca, para mandar eu retirar as acusações contra ele ou então dar o dinheiro para a fiança, e como não estou com o celular, ela vai terminar indo me procurar em casa.
— Você pretende fazer alguma das duas opções?
— Não, dessa vez não, eu cansei de ser o banco sem fundo, e o saco de bancada deles. Sabe, a minha mãe, é a minha única parente viva.
Elena, parece dividida,