Na manhã seguinte, Lucas estava determinado. O hospital estava começando a se tornar uma prisão para ele. Cada corredor, cada olhar de desconfiança de Ana, e a presença constante de Nicolas o sufocavam. Ele sabia que, se quisesse retomar o controle de sua vida, precisava sair dali o quanto antes.
Lucas já havia feito sua decisão.
Quando Ana entrou em seu quarto para a primeira checagem do dia, ele a observou atentamente, percebendo a hesitação nos movimentos dela. O desconforto da noite anterior ainda pairava no ar entre eles, mas Lucas estava disposto a deixar isso de lado por agora.
— Quero ter alta, Ana — ele disse, sem rodeios.
Ana levantou o olhar dos papéis, claramente surpresa pela exigência direta. Ela se aproximou da cama, os olhos fixos no prontuário de Lucas. — Não é assim tão simples, Lucas. Você desmaiou recentemente, seu quadro de diabetes foi descoberto há pouco tempo. Precisa de mais monitoramento...
Lucas soltou um suspiro profundo, passando a mão pelo cabelo de manei