Min-Ji
Após várias cervejas — não me recordo de quantas — misturadas com Soju, comprado em uma importadora, acordei com uma ressaca infernal. Minha cabeça pesava toneladas. Ao meu redor, percebi que estava no meu quarto. Vi a pequena mala vermelha, com um casaco de inverno em cima, o passaporte e a bolsa, tudo arrumado.
O cheiro de café me guiou até a cozinha. As meninas estavam sentadas à mesa, assistindo ao noticiário, e pelo barulho do chinelo batendo na madeira, estavam bravas, elas olharam para a pessoa ressacada que vos fala.
— Bom dia. Nem perguntarei como me trouxeram para casa. Pela dor na cabeça, acho que vim dormindo.
— É, você nos deve muito, principalmente pela dor nos braços ao carregá-la. Percebeu a mala que estava no quarto?
— Sim, e não entendi.
— Você vai embora. Às seis da tarde, um avião particular contratado pelo tio vai te levar de volta para o lugar de onde nunca deveria ter fugido. Não se escapa dos problemas ou se afoga na bebida para esquecê-los, e nem venha