Aisha N XII
Passaram-se algumas horas e Eron ainda não despertou. O filho da senhora que nos ajudou, o vestiu com uma de suas calças e o trouxe para o seu quarto.
Desde esse momento que não saio de seu lado. Minhas mãos permanecem firmes nas suas, torcendo para que sirva de âncora.
Merna abre a porta do quarto com cuidado e traz uma bandeja em suas mãos.
— Precisa comer, criança. Quando ele despertar, precisará que esteja bem — diz, colocando a bandeja na minha frente, contendo uma tigela de sopa, um copo de suco e algumas frutas.
— Obrigada, dona Merna, mas não é necessário. Estou sem fome — digo e é verdade. A preocupação me consome e não consigo pensar em comer.
— Mas você precisa comer, pelo menos um pouco.
A mulher senta-se na cama, do outro lado do corpo de Eron, e encara-me com carinho.
— Posso ver como são apegados um ao outro. Ele conseguiu o que qualquer um diria ser impossível apenas para tirá-la das mãos daqueles homens. E você está aqui, ao lado dele desde que chegamos e