O beijo de David aprofundou-se como uma necessidade pujante. Não havia delicadeza nele — havia urgência, medo, saudade, posse, tormento. Era como se cada gesto dissesse aquilo que ele não conseguia colocar em palavras.
As mãos dele deslizaram pelas costas de Melissa com pressa, puxando-a para mais perto, como se precisasse confirmar que ela estava ali, real, inteira, sua. Melissa sentiu o corpo responder quase sem pensar; a proximidade dele sempre teve esse efeito — um arrepio quente que começava na pele e se espalhava por dentro, dominando tudo.
— Eu… estava… enlouquecendo — ele murmurou contra sua boca, a respiração quente, trêmula. — Você não sabe…
Melissa segurou o rosto dele entre as mãos, e a tensão que ele carregava ali — na mandíbula, no pescoço, no peito — era quase palpável.
Ele estava à beira de algo.
Algo que a assustava e, ao mesmo tempo, a puxava para ele.
Ela o beijou de volta — não para agradá-lo, mas porque também precisava daquilo. Da verdade crua deles dois. Da emo