Ao sair às pressas do jardim, quase atropelou Sofia na porta.
— O que houve? Onde você estava? Vamos fazer as homenagens para a mamãe agora — disse Sofia, eufórica. — Você viu o David?
Melissa travou. Sabia onde ele estava, mas não disse nada. Não podia. Temia que sua voz não saísse. Apenas se embrenhou entre as pessoas e foi ao encontro de Daniel.
Daniel não parecia bem. Sua aparência era péssima. Demonstrava um enorme mau humor.
— Onde estava? — falou, segurando o braço de Melissa com mais força do que precisava, como se ela tivesse tentado escapar.
— Calma, Daniel, está me machucando. Não precisa segurar tão forte, não vou a lugar nenhum.
— Até que enfim se lembrou de que está em minha companhia.
— Desculpe, estive dando atenção aos amigos de sua mãe. São todos muito gentis.
— Todos são, menos eu.
— Do que está falando? — Melissa não entendeu a afirmação de Daniel, dita com certo tom de amargor.
— Se eu fosse mais “gentil”, talvez não preferisse a companhia dos outros.
— Da