Nikolas chegou tarde para evitar encontrar Anya, e lidar com os sentimentos confusos que nutria por ela, reavivados aquela manhã... Até antes... Se é que um dia sumiram de todo. No entanto, ao sair da garagem, avistou ela ao longe, sentada em um banco do frondoso jardim e seu plano inicial espatifou-se. Ela parecia perdida em pensamentos, e ele não resistiu a se aproximar.
— Anya?!
A alcançou antes que ela chegasse à casa de hóspedes. Seus olhares se encontram em um silêncio carregado, a lembrança do beijo de mais dedo – e de tantos outros do passado – reverberando na escuridão noturna do jardim.
— O que faz acordada até tão tarde? — ele perguntou, remexendo a chave do carro entre os dedos.
Anya desviou o olhar.
— Terminei minhas funções há pouco.
— É quase uma da manhã — comentou olhando o relógio de pulso para se certificar.
— Estive me habituando... Quero passar na experiência... — justificou sem olhá-lo e tentando manter a voz firme, porém, falhando.
Nikolas percebia a tensão em ca