Mundo de ficçãoIniciar sessãoA noite caiu depressa sobre a cidade, como se quisesse apagar o dia antes que ele deixasse marcas. Elara saiu do prédio depois do horário, o céu escuro refletido nos vidros. O peso do que acontecera não diminuiu com o fim do expediente — apenas mudou de forma.
Do lado de fora, o ar estava mais frio. Ela respirou fundo, tentando separar o que era medo do que era lucidez. Não tinha sido uma ameaça direta. Não ainda. Mas o conselho raramente jogava cartas sem intenção.O celular vibrou na mão dela antes mesmo de chegar ao carro.Leon: Consegui falar com o jurídico. Nada formal foi aberto. Por enquanto.Ela fechou os olhos por um segundo antes de responder.Elara: “Por enquanto” é a parte que me preocupa.A resposta dele veio rápida.Leon: Eu sei. Mas isso também nos dá margem de manobra.Ela guardou o celular sem responder de novo. Precisava de silêncio. De espaço para pensar sem a interferência constante das possi






