— O quê?
A consciência de Karina estava um pouco turva, e ela via vários deles à sua frente.
— Não, não é isso!
— Não é? — Os olhos de Ademir estavam cheios de raiva. — Então, o que eu sou para você?
— Você? — Karina olhou para ele, confusa. — Você é meu chefe, claro.
"Chefe? Então é assim. Embora não esteja totalmente errado."
Ademir ficou sem palavras, sem saber como responder.
— É, eu sou seu chefe. — Ademir sorriu, mas seu rosto não demonstrava emoção.
Ele abaixou a cabeça, escondendo uma tristeza indescritível.
Quem era o culpado?
A relação deles, no começo, foi Ademir quem definiu.
Ademir se inclinou, beijando Karina novamente...
Depois do beijo, Ademir a abraçou e acariciou suavemente a face delicada de Karina:
— Como você se sente?
Karina olhou para ele e, sem querer, seu olhar ficou mais sedutor:
— Cale a boca!
— Não está envergonhada? — Ademir riu baixinho. — E qual o problema? Não falei para ninguém. Se você não diz, eu consigo perceber. Veja como você está agora, tão à vont