Dizendo isso, ele se levantou e saiu do quarto.
Patrícia abriu os olhos, encarando suas costas com um leve brilho de lágrimas no olhar. Ele ainda estava ali.
Ela já havia até pulado do carro, e mesmo assim... Ainda não conseguia se livrar dele?
Do lado de fora, era possível ouvir a conversa entre Filipe e o médico.
— Ela está com muita dor.
— Ainda não se passaram nem vinte e quatro horas desde o acidente. Ela está em período de observação, principalmente porque bateu a cabeça. Nesse estágio, não podemos administrar analgésicos, pode mascarar os sintomas.
— Então, o que você sugere? Se não pode usar remédio, é para deixá-la sentindo dor assim?
No fim das contas, o médico não cedeu.
Um pouco irritado, Filipe segurou a mão de Patrícia e a levou aos lábios, depositando um beijo suave.
— O médico disse que não pode aplicar nada agora, Patrícia... Aguente mais um pouco, tá bem? Assim que passar o período de observação e tiver certeza de que não há nenhuma outra complicação, eu peço para apl