— Pare o carro.
Patrícia não queria ouvir nenhuma justificativa dele. Tudo o que desejava era descer do carro. Ao tentar abrir a porta, seus dedos, quase por reflexo, pressionaram o botão da trava. Para sua surpresa, a porta não estava trancada.
Ela nem teve tempo de pensar. Seus movimentos foram mais rápidos que seus pensamentos. Patrícia abriu a porta e saltou para fora num ímpeto.
— Patrícia. — Filipe gritou, furioso.
Ela ainda estava bem diante dos seus olhos. Ele estendeu a mão para puxá-la de volta, mas não conseguiu segurá-la.
Patrícia foi arremessada para fora do carro, sendo lançada a uma distância considerável. Sob o impacto do solo e o atrito da queda, seu corpo inteiro foi tomado pela dor.
Não teve nem tempo de pronunciar uma palavra antes de perder a consciência.
— Pare o carro. Depressa.
— Sim, senhor. — O motorista freou bruscamente.
— Patrícia. — Antes mesmo que o carro parasse completamente, Filipe já havia saltado e corria em direção a ela. Ele a tomou nos braços. — P