Leonardo estava sentado em sua poltrona de couro, o copo de uísque na mão, mas nem o gosto forte da bebida conseguia apagar o fogo que queimava dentro dele. Cada lembrança de Sophie ao lado de Matteo era como gasolina jogada sobre uma chama que nunca se apagava.
Ele havia perdido muitas coisas na vida, mas Sophie não estava entre as que ele aceitava perder. Ela era dele. Sempre foi. O simples fato de ela ter ousado se afastar, de ter se aproximado de Matteo, fazia seu sangue ferver. Não se tratava apenas de orgulho ferido — era obsessão, sede de vingança e a necessidade visceral de reafirmar seu domínio.
— Sophie… — murmurou, girando o copo entre os dedos. O som do gelo batendo contra o cristal preenchia o silêncio do quarto. — Você pode até acreditar que encontrou abrigo nos braços de Matteo, mas sabe que a sua marca ainda é minha.
Ele se levantou, andando de um lado para o outro, os olhos fixos nas fotografias espalhadas sobre a mesa. Eram imagens recentes: Sophie sorrindo ao lado