Sophie saiu da cafeteria às pressas, o coração martelando dentro do peito como um tambor em disparada. Cada passo parecia ecoar no chão molhado da calçada, cada olhar de desconhecido parecia pesado demais. A imagem de Leonardo sentado naquela mesa, frio, debochado, ainda queimava em sua mente.
"Matteo… onde você está?"
Ela caminhava rápido, quase correndo, com as mãos trêmulas agarrando a bolsa. Precisava encontrar Matteo, precisava avisá-lo. A ameaça de Leonardo ecoava em seus ouvidos como veneno: “Não vai querer o seu amante machucado…”
O medo se misturava à raiva. Sophie sabia que Leonardo era capaz de tudo. E, em Paris, cercada por pessoas, ainda assim se sentia sozinha.
De repente, um arrepio percorreu sua nuca. Virou-se discretamente e percebeu dois homens a alguns metros atrás, parados diante de uma banca de jornais. A princípio não deu importância, mas quando acelerou o passo, eles fizeram o mesmo. O estômago dela revirou.
Eles estão me seguindo.
Sophie puxou o casaco contra o