Sophie engoliu em seco quando pediu para ir em casa buscar suas roupas, como se fosse uma simples formalidade.
— Não se preocupe, docinho — respondeu Leonardo com um sorriso frio, sem paciência. — Tudo o que é seu já está em casa… do mesmo jeito que deixou.
Ela engoliu o nó na garganta e assentiu silenciosa. Cada palavra dele parecia esmagá-la, tornando o ar mais pesado. Leonardo a conduziu até o carro preto que a vigiara durante toda a semana, estacionado do outro lado da rua, silencioso e ameaçador. Sophie entrou sem uma palavra, o corpo rígido, o coração batendo descompassado.
Quando o carro começou a se afastar, ela sentiu o mundo desabar. A cidade de Paris, que antes parecia cheia de possibilidades, agora se estreitava a uma sensação sufocante de prisão. A cada semáforo, a cada curva, o medo crescia, misturado à lembrança de Matteo e da escolha impossível que fizera.
Alguns minutos depois, o veículo parou diante de um imponente prédio da cidade. Leonardo abriu a porta e a conduzi