Ele sorri, parecendo inacreditável.
— Algo além? — Coelhinha! Te vendo assim, nem parece que fui eu quem te criei.
Ignoro sua zombaria.
— Esse é um bom ponto para começarmos. — Ignoro minha irritação. — Por que você me criou? Se você sabia que tinha uma filha, e também que eu era a filha de um rival, por quê?
— Ah, então você descobriu sobre ela. — Ele pensa por alguns segundos. — Ela sempre esteve tão perto, que me dava ódio.
Suas palavras saem cuspidas, mostrando que a verdade dos seus olhos é real.
— Mas, se você quer saber a verdade, eu lhe contarei. — Ele continua. — Eu sei que sairei daqui morto e acho que posso te dar esse voto de confiança.
— Estou ouvindo.
— Sabe, não entenda isso como rendição, ok? Acho que por uma única vez, posso baixar a guarda para você.
Decido não falar nada, apenas espero que ele comece a falar.
— Acho que de tudo que fiz na vida, você foi uma das coisas mais acertadas. Não há uma única gota de covardia em você. Você é uma