Li Wei
Xangai me recebeu não com o calor de um lar, but com o brilho ofuscante de mil holofotes. O 27º Festival Internacional de Cinema de Xangai estava em pleno andamento, e minha chegada era o evento principal. Fãs lotavam o aeroporto de Pudong, seus gritos em mandarim uma onda sonora que mal registrei. Eu era o filho pródigo, o maior astro do cinema chinês retornando ao palco mais importante do país. Sorri, acenei, a performance era automática, um reflexo muscular aprimorado por anos de prática. Mas por dentro, eu era um fantasma assombrando minha própria vida.
A viagem de Londres para Xangai foi longa e silenciosa. Eu não bebi. Apenas olhei pela janela do jato particular, assistindo as nuvens passarem, sentindo-me completamente desconectado de tudo. A dor da minha última conversa com Siena havia se transformado em uma dor surda e constante em meu peito. Eu repassava a conversa em minha mente, de novo e de novo. Onde eu errei? Quando o meu desejo de protegê-la se tornou um ato de