96. FESTA DE QUINTAL
PAOLA BACKER
Mais cinco anos de nossas vidas se passaram como um piscar de olhos.
Estávamos na casa da Mónica e do marido dela comemo-rando o oitavo aniversário da Melinda.
Sentada junto com minha amiga no jardim, bebíamos li-monada enquanto olhava as crianças brincando no quintal.
O terreno espaçoso, com pelo menos três árvores imen-sas.
A moradia do casal era pequena, mas a Mel amava vir aqui, ela podia brincar livremente, por ser um bairro bem afas-tado da cidade, os sons eram suaves e o ambiente muito calmo.
Minha filha era muito comunicativa e tinha diversos ami-gos na escola, no dia do seu aniversário, fez questão de chamar todos. Concluindo, a festa contava com mais de dez crianças correndo para todos os lados.
— Ela nunca perguntou pelo pai?
A pergunta não me pegou de surpresa, não mais. Quase sempre quando estou com a Mel alguém pergunta sobre ele, e ela mesma responde: Morreu.
— Sim. E eu digo a verdade. — Bebi tranquila um gole gelado.
Nesses últimos anos, nossas vida