79. EM PAUSE
PAOLA BACKER
Meu corpo estava tão cansado.
Eu sinto que dormir por dias e ao menos tempo é como se tivesse corrido uma maratona sem parar.
Aos poucos consegui vencer as pálpebras pesadas e abrir os olhos. A luz do ambiente não era forte, por isso consegui observar ao redor.
Naquele momento meu cérebro pensava tão devagar, demorei um tempo longo para perceber que estava deitada numa cama de hospital. Eu não tinha ciência de muita coisa, apenas fiquei acordada, imóvel.
Minha respiração estava lenta e a cabeça em branco.
Passei um tempo assim, estática, sem pensar ou me dar conta de nada.
Até a porta do quarto ser aberta e uma mulher de pele mesclada passar por ela segurando um copo grande de café.
Virei um pouco a cabeça para olha-la.
— Obrigado minha Santinha Guadalupe. — Soltou em meio a um suspiro do que parecia ser alivio.
Surpresa, ela deixou o copo na cabeceira da cama e puxou minha mão para um beijo.
Observei o rosto da mulher e a reconheci imediatamente.
— Mãe? — Minha