Depois da pergunta, Catarina ainda não perdeu a chance de dar uma bronca:
— Você deveria ter procurado a polícia imediatamente! Brigar assim, se envolver em confusão física... É inaceitável.
Juliana teve a mão segurada por Mariana.
Seu humor, que já não era dos melhores, despencou de vez com as palavras de Catarina.
Ergueu lentamente as pálpebras com um olhar entediado, mas o brilho frio que reluziu em suas pupilas fez o ar ao redor gelar por um instante.
E mesmo com os Moreira por perto, ela não fez questão alguma de poupá-la:
— E o que você faria? Se alguém te batesse, você ia ficar parada, servindo de saco de pancadas?
Catarina ficou sem palavras, os lábios tremendo de raiva:
— Você...
— A Ju tem razão. — Interrompeu Mariana, com os olhos tomados por uma súbita compaixão. — Ninguém tem que ficar parado apanhando!
Ela estendeu a mão, passando-a com delicadeza pelo machucado na testa de Juliana.
Juliana, que não era acostumada com esse tipo de contato físico, recuou instintivamente um