A bronca vinda do próprio marido fez Mônica se sentir como se tivesse caído num poço de gelo.
Seu corpo vacilou por um instante. Foi então que Juliana a segurou por trás, firme e solidária.
Com um leve sorriso nos lábios, ela disse:
— Sr. Silvio. Você acha que não está passando vergonha ao trazer sua filha pra comemorar o aniversário da amante, escondido da esposa?
Silvio estreitou os olhos e encarou Juliana com desconfiança:
— E você é quem, afinal?
Juliana respondeu com um olhar afiado:
— Adivinha.
A tensão no ar podia ser cortada com uma faca.
Agora o clima era de confronto direto: dois contra dois.
Enquanto Silvio tentava bancar o defensor da amante, Cris aproveitou a brecha e pegou rapidamente alguns guardanapos, tentando limpar, com gestos aflitos, a bebida que encharcara sua blusa.
Os olhos marejados, a expressão abatida, um retrato de vítima inocente.
Mas tudo aquilo só serviu para causar ainda mais náusea em Mônica.
Ela apertou os lábios, os olhos refletindo puro desprezo:
— P