Era Bruno.
Ele se aproximou e parou ao lado de Juliana, assumindo uma postura claramente possessiva, com o olhar duro cravado em Gustavo.
O clima entre tio e sobrinho era de puro confronto.
A qualquer momento, podia explodir.
Gustavo cerrava os punhos com tanta força que os nós dos dedos estalavam.
O rosto escurecido, o olhar voltado para Bruno como o de uma fera prestes a atacar.
Mas Bruno o encarava sem um pingo de medo.
Os olhos negros, profundos e insondáveis, sustentavam a tensão.
Juliana ficou um pouco surpresa:
— Bru... Você só chegou agora?
Ela quase o chamou formalmente de “Sr. Bruno”, mas ao notar, pelo canto do olho, a expressão carregada de Gustavo, corrigiu-se de imediato.
E como esperado...
Ao ouvir aquele apelido íntimo, o semblante de Gustavo ficou ainda mais fechado.
Parecia que, a qualquer momento, sua raiva escorreria como tinta preta de tão densa.
— Bruno, vocês nem são casados. A Ju não é minha tia. Para de falar besteira. — Rosnou Gustavo entre os dentes.
No exato