Um segundo antes, Juliana ainda dizia que queria manter distância.
No segundo seguinte, ela entrou no carro sem pensar duas vezes.
Gustavo não se mexeu.
Continuava virado de lado, encarando-a em silêncio.
Por dentro, pensava que as mulheres eram mesmo imprevisíveis.
Com certeza, Juliana ainda sentia algo por ele. Só não queria dar o braço a torcer.
E aqueles boatos com o Bruno?
Podiam muito bem ser só uma encenação para provocar ciúmes.
Ele nem desconfiava que estava se iludindo sozinho.
Juliana, percebendo que ele não dava partida, franziu a testa, impaciente.
— Se não sabe dirigir, sai da frente.
Aquilo bastou para desmontar o teatrinho mental de Gustavo.
Respirou fundo, voltou à posição normal, girou a chave e arrancou em direção ao hospital.
Mas o bom humor dele durou pouco.
Assim que seguiu Juliana até o quarto e viu quem estava deitado na cama, seu rosto escureceu imediatamente.
Juliana tinha aceitado a carona apenas para chegar mais rápido até Bruno.
Ao perceber isso, a raiva to