Na manhã seguinte.
Juliana foi despertada pelo toque insistente de uma ligação.
Ainda meio grogue, atendeu no automático, só recobrou a consciência ao ouvir aquela voz familiar.
— Ju...
Ela desligou na hora, sem a menor hesitação.
O resto do sono se desfez como fumaça ao vento.
Gustavo era mesmo um encosto que não largava do pé.
Ela já tinha bloqueado o número dele fazia tempo, como foi que ele conseguiu outro para ligar?
Aquilo só aumentava a irritação de Juliana.
Na noite anterior, ela não fez a menor questão de ser gentil: expulsou Gustavo sem rodeios, na frente de todo mundo.
Gustavo tinha vinte e seis anos, mas agia como se tivesse regredido aos dezoito.
E Juliana conhecia muito bem aquele Gustavo dos dezoito anos.
Orgulhoso, impulsivo, com a autoestima lá em cima...
Alguém assim, depois de ser humilhado, com certeza sumiria de vez.
Mas não. No dia seguinte, ele mesmo ligou para ela, justo para ela, que o tinha feito passar vergonha.
Um alerta de mensagem interrompeu os pensamento