Viviane ainda tentou se fazer de vítima, buscando arrancar algum pingo de compaixão de Gustavo.
Mas era tarde demais.
Ele já tinha enxergado a verdadeira face dela há muito tempo.
Sob o domínio cruel do feitiço, Gustavo se lançou sobre os lábios de Viviane, mordendo como uma fera descontrolada. Não havia nenhum traço de razão em seus atos.
Viviane se debatia, desesperada.
Sem conseguir respirar, seu rosto passou do branco para o vermelho em poucos segundos. Quando suas forças começaram a sumir e os movimentos se tornaram fracos, Gustavo subitamente se afastou.
Um fiapo de lucidez voltou.
Com um estrondo, ele bateu a porta do banheiro e se trancou lá dentro.
Ligou o chuveiro de água fria no máximo. A banheira logo se encheu, e ele mergulhou o corpo inteiro na água gelada, tremendo da cabeça aos pés.
Seus dentes batiam de frio. As palmas das mãos estavam tão tensas que ele se feriu sem perceber. O sangue vermelho se espalhou na água como tinta dissolvida.
“Eu não posso tocar na Viviane.