— Vitor molhou, sem querer, a cama do quarto de hóspedes. — Explicou Bruno, com uma voz calma demais para parecer inocente. — E lá fora tá caindo um temporal... Ju, será que posso passar a noite aqui na sua casa?
Vitor bufou baixinho, claramente indignado.
Mas... Havia ganhado presentes demais para contestar.
Então, com um sorriso forçado, concordou:
— A culpa foi toda minha, Ju! Deixa o Bruno dormir aqui hoje, vai!
Juliana ficou em silêncio.
Algo ali... Não parecia certo.
Mas também não encontrou palavras para recusar.
Depois de um breve instante, ela se afastou da porta:
— Pode entrar.
Vitor já se preparava para entrar junto, quando uma mão firme e forte se estendeu à sua frente, bloqueando o caminho.
Era Bruno.
— Vai pra casa, vai. Amanhã cedo você tem aula na escola.
Vitor ficou sem reação.
“Sério? Tão rápido assim ele me descarta? Que traição descarada!”
Com os olhos arregalados, assistiu à porta se fechar bem na sua cara.
Virando-se de costas, pegou o celular e foi direto reclama