Ela chamou a atendente do lado de fora.
A cortina foi puxada para o lado mas não foi qualquer pessoa que entrou.
Juliana estava de costas, os cabelos escuros contrastando com a pele clara.
As omoplatas, desenhadas com delicadeza, surgiam sutilmente sob o tecido do vestido.
— O zíper travou... Pode me ajudar, por favor? — Disse, apoiando uma das mãos na barra de apoio à frente, sem nem olhar para trás.
A pessoa que entrou se aproximou em silêncio.
A respiração quase inaudível.
Foi então que Bruno estendeu a mão, dedos longos e firmes, e tocou suavemente o zíper do vestido.
Ao fazer isso, a ponta dos seus dedos roçou sem querer a pele nua das costas de Juliana.
Ela estremeceu.
Uma onda de arrepio percorreu sua espinha, como se uma corrente elétrica tivesse saído da base da coluna e se espalhado pelo corpo todo.
Algo estava estranho.
Justo quando ia se virar, uma mão pousou sobre seu ombro.
E a voz dele soou rouca, baixa, quase íntima:
— Não se mexe, Ju.
O cérebro de Juliana simplesmente