Joana respirou fundo e caminhou até Bruno.
Fez um leve gesto com a cabeça, pedindo que ele recuasse.
— Deixa comigo. Eu mesma resolvo.
Sua voz era baixa, contida.
Mas o cansaço em seu olhar era impossível de esconder.
Nos últimos três dias, ela mal dormira quatro horas por noite.
E mesmo quando adormecia, o coração disparava e ela acordava sobressaltada, como se tivesse caído num pesadelo sem fim.
Agora, cada nervo do seu corpo estava em estado de alerta. E doía.
Ela parou de frente para Lucas.
Ele ainda segurava Vanessa em seus braços, protetor.
E o sorriso que se formou nos lábios de Joana... Tinha algo de melancolia. Algo de derrota.
— Lucas.
Chamou o nome dele com uma calma que assustava.
Antes que Lucas respondesse, Vanessa se adiantou, encolhendo o corpo timidamente:
— Sra. Joana...
Joana lançou um olhar frio na direção dela.
— Eu te chamei?
A sala inteira pareceu congelar por um instante.
Vanessa empalideceu no ato.
Não chegou a chorar, mas fez um biquinho, como quem se sentia i