— Sr. Lorenzo, coloca o cinto.
Lorenzo já tinha pesquisado o histórico de Juliana.
Nada indicava que ela tivesse qualquer experiência com corridas. Na verdade, mal se lembrava de tê-la visto ao volante alguma vez.
“Confiar sua vida a ela, naquele momento... Era puro desespero.
Só podia torcer para que...”
Nem teve tempo de terminar o pensamento. O carro arrancou feito uma flecha, deixando pra trás um rastro de poeira e gritos confusos.
Os perseguidores chegaram correndo, ofegantes, só pra ver o carro sumindo na distância.
— Chefe, e aí? Vamos atrás?
— É óbvio! Tá maluco?! Vai buscar o carro agora! A gente tá falando de cem milhões! Se a gente conseguir essa... Nunca mais vai faltar nada na vida!
— Vida ou morte, dane-se! Quem trouxer o Lorenzo, garante o maior pedaço do bolo!
Dentro do carro, Lorenzo segurava firme a alça acima da janela. Os dedos estavam brancos de tanta força.
O rosto, sério e frio. Mas o coração? Batia tão forte que parecia martelar por dentro do peito.
Juliana não