— Eu realmente gostava, é verdade… Mas depois desse reencontro, parece que aquele arrepio no coração, aquela emoção, simplesmente desapareceu. — Disse Isabella, com um tom leve, como se finalmente tivesse aceitado isso. Ela sorriu mais uma vez. — Talvez fosse só o orgulho da juventude. Eu não queria aceitar que tinha perdido.
Juliana concordou com um aceno de cabeça.
— Você resumiu bem.
O que a gente não tem sempre parece mais bonito.
Mas, quando a pessoa finalmente aparece de novo... Talvez o coração já tenha mudado.
Ela não insistiu no assunto. Respeitava as escolhas de Isabella.
Dez minutos se passaram.
Vitor apareceu correndo, completamente ofegante. A neve ainda se derretia nos fios do seu cabelo, e o suor escorria leve pela testa.
— Ju! — Gritou, alto, chamando a atenção de quem estava por perto.
Os olhos dele brilhavam de empolgação enquanto se jogava no banco ao lado de Juliana.
Isabella o viu pela primeira vez.
Aquela energia contagiante, espontânea, a pegou de surpresa.
Julia