Juliana lançou um olhar sarcástico e malicioso na direção de Viviane, exatamente aquele olhar que aprendera com ela mesma.
Maia fez o mesmo.
Por um instante, o rosto de Viviane oscilava entre o vermelho e o pálido, tomada por uma vergonha tão profunda que tudo o que queria era desaparecer da face da Terra.
Jamais poderia imaginar que algo tão íntimo tivesse chegado aos ouvidos de Gustavo!
Juliana!
Só podia ter sido ela.
Viviane tinha certeza disso: Juliana estava morrendo de inveja por ela ter ocupado o lugar que antes era seu na família Rodrigues. Era inveja, pura e simples. Juliana não suportava vê-la bem, livre, no auge da vida.
Os olhos de Viviane pareciam faiscar de raiva.
Sentia-se tonta, o corpo inteiro tremia de ódio.
— Guto, não acredita na Juliana! Não foi assim… Deixa eu te explicar… — Disse ela, tentando manter a calma, desesperada por uma chance de se justificar.
Mas o rosto de Gustavo permanecia impassível, frio como mármore. Seu olhar, gélido, cortava Viviane como lâmina