Ninguém sabia ao certo quando Bruno tinha acordado.
O rosto seguia pálido, quase sem cor, e os olhos escuros encaravam Vitor com um olhar frio, direto... E totalmente desperto.
Vitor levou um baita susto, daqueles de dar nó na espinha.
— Bru... Bruno... Você tá acordado esse tempo todo e nem avisou?!
Parecia cena de filme de terror!
Ainda bem que ele não tinha problema no coração… Senão já estava a caminho da UTI também.
Bruno baixou os olhos e tossiu duas vezes. O esforço fez a dor da ferida se intensificar, deixando-o ainda mais pálido, quase translúcido.
Juliana se aproximou rapidamente e apoiou a mão com cuidado no peito dele, tentando acalmá-lo.
— Tá doendo muito?
A voz dela, fria como de costume, dessa vez trazia uma nota suave de preocupação.
E Bruno... Simplesmente amava isso.
Com a voz rouca, ele respondeu:
— Um pouco. Mas não se preocupe.
Juliana apertou o botão de chamada ao lado da cama. Poucos minutos depois, Paulo apareceu com a equipe médica.
Ela e Vitor saíram do quarto