Cinco minutos depois.
Paulo se endireitou, mantendo a expressão serena e controlada, e disse:
— O caso do Bruno pode ter sido causado por um impacto externo no cérebro, o que acabou gerando uma confusão de memória.
— E agora? Como resolve isso? — Joana franziu a testa, visivelmente preocupada.
Confundir a ex-noiva do sobrinho com a própria esposa? Até pra novela mexicana isso já era demais.
— Não me atrevo a dar um prazo pra recuperação. Mas, no geral, confusão de memória não costuma atrapalhar a vida cotidiana. — Respondeu Paulo, sem rodeios.
Mal ele terminou, Gustavo lançou um olhar carregado de desconfiança, e a voz saiu seca:
— Então quer dizer que ele pode nunca voltar ao normal?
Paulo sacou na hora a hostilidade ali.
Ergueu uma sobrancelha, mantendo a calma:
— Não foi isso que eu disse. Mas também, né... A gente não é Deus. Tem coisa que só o tempo resolve. Pode melhorar amanhã, pode levar anos... A real é que ninguém sabe.
O quarto mergulhou num silêncio pesado.
Joana passou a m