Três dias depois.
Juliana tinha acabado de encerrar uma transmissão ao vivo e estava organizando os trechos que poderiam ser editados e postados separadamente, quando Vítor apareceu na porta.
O garoto vestia o uniforme do colégio mais prestigiado da Cidade A, cheio de energia juvenil, mas o rosto mostrava puro sofrimento.
— Juliana, você precisa me ajudar! — Implorou ele, com um drama digno de novela. — Se você não me ajudar, talvez eu nem veja o sol nascer amanhã! Você não quer ter isso na consciência, quer?
Vítor usava as palavras mais exageradas que conseguia encontrar, tentando demonstrar o tamanho do desespero em que se encontrava.
Juntou as mãos como se estivesse rezando, olhando para Juliana com um olhar suplicante, parecendo um filhote abandonado.
Juliana riu e jogou uma maçã para ele.
— Primeiro me conta… O que aconteceu?
— Juliana, eu estou no terceiro ano agora, né? Amanhã vai ter reunião de pais na escola... E... Eu fui muito mal na prova mensal. Não tenho coragem de chamar