Essa lógica se aplicava a todos os apaixonados.
Juliana não respondeu.
— Então, vou te fazer outra pergunta. Quando o Bruno encosta em você, seu coração dispara ou não? — Continuou Maia.
Juliana rebateu, num tom defensivo:
— E quando algum outro cara encosta em você, seu coração acelera?
— Se for alguém de quem eu gosto, claro que sim! — Maia respondeu, firme. — Agora, se for qualquer outro homem, pode ficar tranquila, porque eles nem chegam perto o suficiente para isso acontecer!
Maia falava com uma certeza inabalável.
Ela era assim: amava ou odiava com a mesma intensidade.
Sabia exatamente a linha que separava quem ela gostava de quem não fazia a menor diferença.
E mesmo que, por acaso, houvesse algum contato físico, se não fosse com alguém que realmente mexesse com ela, seu coração continuaria calmo, como a superfície de um lago sem vento.
Juliana preferiu o silêncio.
Como ela poderia admitir que, toda vez que Bruno a tocava, era como se pegasse fogo por dentro?
Impossível confessar