Ela afirmou com convicção que a mãe de Lorena não havia se divorciado e ainda se agarrava desesperadamente a um lar em ruínas.
E Lorena era o único pilar que sustentava aquela família.
— Juliana, eu já tenho vinte e dois anos. Só pintei o cabelo, e sabe o que ela me disse? Me chamou de raposa sedutora...
Quatro horas depois.
Juliana e os outros chegaram à delegacia de polícia da Cidade A.
Assim que desceu do carro, uma mulher veio correndo e, sem hesitar, deu um tapa estalado no rosto de Lorena.
— Então você ainda sabe voltar pra casa?! Por que não morreu junto com aquele seu pai desgraçado?!
Com o peito arfando de raiva, ela despejou insultos cruéis sem a menor consideração.
A cena fez todos ao redor ficarem em silêncio absoluto.
Juliana franziu a testa e deu um passo à frente, protegendo Lorena atrás de si.
Lorena levou a mão ao rosto onde fora atingida. Seu cabelo curto e preto caiu sobre os olhos, escondendo qualquer traço de emoção.
— Eu te sustento, te dou comida, te visto, para