A noite estava no auge.
O estacionamento estava silencioso, com apenas o som das cigarras e os passos de um homem se aproximando.
O barulho repentino fez Juliana se tencionar.
Ela apertou os punhos, se virou e, ao ver que era Bruno, soltou um suspiro de alívio.
— Desculpa, te assustei?
Bruno percebeu a expressão de tensão no rosto dela e, como um cavalheiro, pediu desculpas.
— Não tem problema. — Juliana fez um gesto com a mão e levantou os olhos, encontrando o olhar dele. — Sr. Bruno, veio ao hospital tão tarde, está com o estômago ruim de novo?
Com a luz do poste ao lado, ela pôde ver claramente o rosto pálido de Bruno.
Era belo e sereno, como um deus descendo do céu.
— Não, vim procurar o Paulo.
Enquanto esperava, Bruno já havia planejado uma desculpa bem elaborada.
Paulo trabalhava no hospital, e os dois eram bons amigos, o que o tornava o álibi perfeito.
O alvo dele sempre foi Juliana.
Juliana apenas fez um gesto afirmativo com a cabeça, e o ambiente se tornou mais tenso.
Os canto