Capítulo 68

O teatro pequeno, mas acolhedor, estava cheio de pais, irmãos e familiares ansiosos para assistir às apresentações das crianças. As cortinas vermelhas fechadas e o brilho quente das luzes do palco me trouxeram uma nostalgia avassaladora. Quantas vezes eu mesma estivera ali, orientando pequenas bailarinas e preparando-as para aquele momento?

Era um teatro simples, mas especial. Quando eu ainda era professora, sempre alugávamos esse espaço para que as crianças da turma inicial sentissem o que era pisar em um palco de verdade pela primeira vez. Lembro-me da excitação nos olhos delas, da mistura de nervosismo e felicidade ao se apresentarem. Agora, ali sentada, cercada por Nicolas, Sofia e Fabrício, sentia-me deslocada.

Era um encontro? Talvez. Mas eu nem sabia se podia chamar aquilo assim. A bem da verdade, eu e Nicolas sequer sabíamos o que éramos. Não éramos mais cliente e acompanhante, mas também não éramos exatamente amigos. Era uma conexão intensa e silenciosa, algo que nos puxava u
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