“Eva”
Eu olhei para o homem sentado diante de mim e pensei em simplesmente lhe dar as costas e ir embora para não voltar nunca mais, só que eu não era assim e eu precisava do emprego e esse emprego era muito bom, bom demais para ser bem sincera.
Eu endireitei a minha postura, deixando minhas costas bem retas, eu não era uma derrotada e ele não me veria como uma, depois eu olhei dentro dos olhos dele, isso talvez eu não deveria ter feito, porque eu quase fiquei presa naquele olhar intenso e quase fiquei sem palavras.
- Sr. Rossi, podemos fazer de conta que não nos conhecemos. Não vou negar, eu preciso desse emprego e eu posso fazer o trabalho, mas eu não aceito ser tratada da forma como o senhor me tratou hoje. – Eu o encarei e esperei a sua resposta.
Ele se levantou calmamente e abotoou o paletó, me encarando com aqueles olhos escuros profundos.
- Srta. Sanchez, eu não trato os meus funcionários com menos que cordialidade e respeito. Então, deixando o que passou no passado, como se nu