Entrei outra vez na sala no fundo de uma igreja, um pequeno grupo de pessoas se aglomeravam ali para conseguir falar um pouco sobre a sua jornada contra o uso de drogas, Renan me convenceu a participar delas, pelo menos uma vez ao mês. E apesar de nunca dizer nada, as conversas eram bem animadoras, vez ou outra alguém de fora, nos contava como Jesus havia salvado a sua alma de uma vida infeliz.
Nada contra a sua fé, mas digamos que eu e todos os santos não estávamos no mesmo bote. Afinal, ele não havia me matado quando pedi.
Fechei os olhos, e havia pedido tantas vezes.
— Vamos ouvir alguém novo hoje — a voz calma de safira soava pela sala limpa.
— Sara?—
Ergui a cabeça, todos me observavam. — O que?—
Piscou. — Pode compartilhar conosco sua jornada?—
As mãos em meus bolsos tremiam. — Eu... — sorri.
— Não tenha medo. — Olhou ao redor. — Todos somos amigos, estamos