Um homem, uma mulher, uma criança, um assassino em série. A vida de Bianca mais uma vez ficou de ponta a cabeça. Se alguém a dissesse que iria estar casada e com uma filha em menos de um ano, com toda a certeza tal pessoa estaria em um surto de puro delírio. Mas como a vida não e um conto de fadas, ainda mais se tratando de igor e bianca, mais uma vez nosso casal será testado a ferro e fogo. Juntos os dois tem uma missão de conseguir viver em harmonia e criar uma linda garotinha. Com o passar dos meses, Bianca percebe que seu medo e rancor desaparecem dando lugar a um sentimento que outrora já fizera perder a cabeça. O amor. Mas como o amor persegue os apaixonados, o ódio e obsessão também.
Leer másAbri os olhos.
As janelas ainda estão abertas, conseguia ver todos os convidados lá fora. sinto-me o pior ser humano do mundo, desde que disse "aceito", ao seu pedido absurdo de casamento. Mas não posso retroceder, e muito tarde para isso.
O som das conversas anuncia ao longe que todos já estão se acomodando nos seus lugares. Olhei para o meu vestido preto com pedrarias na altura dos joelhos, estava bem arrumada, e mesmo angustiada por dentro, o meu sorriso superficial tinha que estar no meu rosto pálido com camadas de uma maquiagem. Caminhei até a porta a abrindo, suspirei indo rumo à recepção do jantar, todos os acionistas e amigos mais íntimos estariam na festa de noivado.
Um presentinho dado por Kathy, que surtou ao Saber que nós iríamos nos casar no civil.
Barbara havia se arrumado mais cedo e estava com Chuck na sua mesa, com seus pais e outros convidados. E apesar das suas palavras de ânimo em relação ao noivado terem sido de bom grado, cada passo meu em direção aquele salão era mais que um lamento.
Virei o corredor vendo as portas do salão abertas, contive uma lágrima e caminhei rumo a festa.
Eu o vi.
— Ok... vamos lá. — Cruzei os dedos
— Você Sabe que isso e meio que suicíd*o ne? — olhei com para Ana que comia um salgadinho de requeijão.
— Eu sei..., mas eu não posso parar agora. — Caminhei lentamente e com certo receio. — isso... é por Nós duas, por nossa casa... —
— Você está fazendo a coisa errada! — estalou a língua.
A olhei — ah, não enche! se tem uma ideia melhor então deveria ter dito isso antes! — Percebi que um dos garçons me olhava assustado.
— s-senhora?... está... tudo bem? —
— está! eu só... estou ensaiando um discurso... — Sorri constrangida e andei mais rápido até o meu chefe.
Igor estava parado, a suas costas largas se ajustavam no terno Preto. Alisei o vestido e ajustei as mangas, até finalmente parar ao seu lado.
— Oi...— tentei parecer calma.
Igor girou sobre os calcanhares me olhando surpreso. Desviei os meus olhos dos seus, e apesar de sorrir o meu peito doía. Os seus olhos agora com lentes de contato observaram-me com certa intensidade, afastei-me um pouco. — Nossa...— engoliu em seco. — Você está linda...— sorriu.
Pisquei. — Por favor... só... vamos terminar com isso de uma vez... — gemi baixinho.
— Claro... como quiser. — Me deu passagem e entrei na festa.
Haviam tantas mesas que seria impossível contar num primeiro olhar, travei na porta. Todos aplaudiram ouve assobios e provocações de amigos dele. Olhei para seu rosto um pouco sem jeito, e notei um sorriso de canto de boca, todos ainda nos aplaudiam, fechei os olhos tentando não surta.
— Bianca? — acariciou o meu rosto. — Está bem? — levantou o meu rosto com calma.
Acostumei-me com a luz forte — estou... — sorri.
Ele entrelaçou os nossos dedos e percebi que as minhas mãos estavam geladas, ou talvez as dele que estavam muito quentes. De todo modo preferi não comentar, com os dedos entrelaçados entramos no ambiente, a nossa mesa ficava bem no centro do salão, em meio a tantos sorrisos e acenos senti-me pequena.
Meu chefe puxou a cadeira para me sentar e logo após se sentou do meu lado, seu sorriso costumeiro estava no seu rosto outra vez. Baixei a vista para o medalhão no meu pescoço, o segurei com força quase que o amassando. Ele me observava quieto.
— Está bem? — piscou.
Respirei fundo tentando manter a cabeça no lugar. — Sim... — sorri. — To ótima...
— E que... está quase destruindo o medalhão... — o olhei séria.
Larguei a joia percebendo a minha atitude. — Estou bem...— sorri.
Ele bufou — Sabe essa e a pior mentira que as pessoas insistem em dizer. — Pisquei tentando não gritar na frente de todos — "Eu estou bem... Eu estou bem...", porque todos insistem em dizer essa mentira? — travei o maxilar o olhando.
— Porque todos acreditam nela facilmente...— sentia raiva.
A minha garganta ardia.
Ele encolheu-se fincando apenas uma das mãos sobre a mesa. Parecia constrangido. — Bianca, olha... e-eu... eu sei que isso não e o que você queria... e sinto muito por essa festa. Não fazia ideia que Kathy iria organizar isso tudo, se soubesse teria impedido...— os seus dedos acariciavam a minha bochecha.
O seu toque quente por um segundo fez-me relaxar, mas logo um flash bem nos meus olhos me cegou fazendo-me assustar com a claridade. Fechei os olhos por um curto período, não havia foco na minha visão, sorri disfarçando para as câmeras.
Disse entre sorrisos — seu idiot*...— pisquei incomodada com o fotografo.
Sorri sentindo uma irritação da luz, Igor pediu ao fotógrafo um pouco de privacidade e logo o homem saiu, me dando a oportunidade de respirar tranquila. Os seus dedos quentes descansaram na curvatura do meu pescoço com certa delicadeza. O olhei outra vez, mas com certa raiva em vez de fragilidade, tirei as suas mãos de mim, saindo da mesa em direção a mesa da minha amiga.
— Bianca... —
Não olhei para trás não queria dar-me o luxo de olhar no seu rosto outra vez.
Bah sorria conversando com Chuck, mas logo pôs-se em pé vindo ao meu encontro. — Bih... o que houve? — me abraçou no meio de todos.
Logo uma luz forte cegou-me irritando-me ainda mais. Olhei para o lado e outro fotógrafo registrava o "momento" para pôr em outra revista idiot* sobre fofoca. Gemi escondendo o rosto. — Por favor... me tira daqui... — suas mãos passaram na minha cintura me conduzindo até a saída mais próxima.
— Vem... vamos, eu vi um lugar tranquilo lá fora. — Andamos rumo ao jardim da casa de eventos. A lua brilhava lá em cima, com as estrelas.
Precisava pensar.
E assim fiz.
Prólogo.O sol iluminava o corpo lindo e suado do homem ao meu lado. Ele estava ofegante, e por mais que 100 anos se passassem eu ainda ficaria completamente hipnotizada com aquele sorriso bobo.Mordi os lábios.Sentia que o meu corpo precisava de mais, o meu apetite estava voraz, e para meu esposo não seria digno de ser chamado marido se não suprisse todas as minhas necessidades.- Quer mais? - ele riu como um menino de primário.Cobri o rosto. - Nós vamos nos atrasar.Os seus dedos acariciaram o meu corpo. - Sabe o que eu faria com você...- neguei. - Eu...-- MÃE! - a porta se abria, Igor levantou os lençóis até o nosso queixo. Zola fez a cara mais estranha do mundo. - Eca... O que estão fazendo?-Pisquei. - Zoo... fora!-- Mãe, a Susan pagou o meu lápis de olho de novo, manda ela devolver.Igor ria atrás de mim. Cerrei os olhos. - Susan devolve o lápis de olho da sua irmã! - gritei da cama. - quantas vezes eu disse mocinha que não pode mexer no que não é seu?-Dois olhos curiosos s
BiancaEra estanho, não gostava de hospitais. Talvez pelo cheiro, ou quem sabe pela comida sem sal. A grande verdade era que o barulho das máquinas eram o que mais assustavam, mas não era o barulho que de fato assustava, e sim a falta dele. Um quarto silencioso dentro de uma CTI só podia significar uma coisa, morte.Segurei as mãos frias do meu esposo inerte sobre a colcha quentinha que havia posto a dois dias atrás.Os médicos diziam que ele poderia acordar a qualquer momento, e que as mãos frias eram um sinal bom, e que enquanto as palmas estivessem vermelhas não haveriam problemas. Então eu continuava ali, com uma das mãos acariciando o seu braço e a outra apoiada no queixo. A essa altura tanto Camila como o seu pai já estariam a caminho, e digamos que a reação ao saber sobre mim não havia sido uma das mais normais. Só rezava para que tudo enfim se resolvesse.- Toc toc... - a porta se abria lentamente.Sorri ao ver um velho rosto. - Renan? O que faz aqui?- Ele abraçou-me, os seus
- Larga ela caio! - Anastácia mirava uma arma na nossa direção.Me vi de escudo para seu corpo. O cabo frio de uma faca em contato com o meu pescoço me trazia calafrios, estava enjoada, mas mais que isso... Temia por meu bebê. - Ah… Então a rainha dos indefesos deu as caras - ele ria ainda me pressionando contra a faca. - Sua rata traidora. - Ele sussurrou no meu ouvido. - Put* traidora, achou que eu não tinha outra opção?... Vagabund*.- Gemi entre lágrimas.Anastásia nos olhava com cuidado - caio já chega... Onde quer parar?! Porr*...Olha a sua volta! MAS QUE PORR*!-Meu corpo tremia de forma descontrolada. E a todo momento a minha única preocupação, não era meu Marido que sangrava atrás de Anastácia, não era arma fria que pressionava o meu pescoço, ou Zola que havia chorado no colo de barbara, não...Nada mais importava.Pus as mãos na barriga, bem acima do ventre, as minhas mãos tremiam. E no meio de tudo aquilo... Dos gritos, do gosto de sangue, do frio nas mãos e do fôlego quent
BiancaEstava quente, sentia isso porque o sol banhava a minha pele. Suspirei, o ar tinha cheiro de madressilvas. Eu nunca gostei delas, tem um nome estranho e lavandas tinham um cheiro muito melhor, e apesar de tudo estava relaxada, senti o meu corpo leve como uma pluma. Sorri sentindo o sol aquecer-me, e por mais que tentasse não conseguia abrir os olhos, ou talvez o meu corpo apenas se recusasse a isso.- Precisa levantar abelhinha. - Uma voz suave acariciava o meu ouvido. - Precisa levantar...-gemi me encolhendo - não, por favor madrinha... deixa-me dormir só mais um pouco. - As suas mãos macias acariciavam o meu rosto. - Você me deve essa... a sua risada era gostosa. - Eu devo?-Assenti, me acomodando mais aquela luz quente. - Deve, você me deixou...- a voz silenciou-se. Apenas mãos acariciavam o meu rosto, abri os olhos. - Eu sinto a sua falta. - a minha madrinha ainda olhava o horizonte, em silêncio. - Posso ficar? - ela apenas suspirou como se não conseguisse ouvir-me.- ain
BiancaDepois do café, sentei no escritório de Igor, precisava de uma pausa do mundo.Observava a minha barriga, não acreditava que estava grávida, quer dizer onde em toda a humanidade havia tanta loucura e beleza envolvido juntos? Uma vida se formando de outra vida, um ser totalmente inocente e indefeso, um pedacinho de duas pessoas que acabou formando outro. Suspirei acariciando a barriga. - Sabe, foi um longo caminho...- me afundei na cadeira macia. - Primeiro que eu não gostava do seu pai, segundo que... bem, nem sempre as coisas foram fáceis, mas eu aprendi a superar todas elas. - Fechei os olhos sorrindo - eu te amo muito mesmo.-Permaneci ali um bom tempo observando algumas pessoas caminhando pelo jardim, Barbara organizava tudo meticulosamente e após o almoço começamos a preparar alguns doces para o dia seguinte, e mesmo o dia passando extremamente devagar, sentia um arrepio na minha coluna, pressentia algo, mas forçava-me a crer que pudesse ser meu nervosismo com a descobert
Bianca - Acha que esse vestido vai ficar bom em mim? - ergui os olhos outra vez. bah se olhava frente ao espelho, já devia ser o quinto ou sexto vestido que ela experimentava. A noite estava fria lá fora, então Igor e Chuck haviam decidido fazer uma fogueira próximo à casa, nos iríamos assar alguns marshmallows, Zola estava animada com ideia, mas apenas por enquanto ela descansava no meu colo na cama. Fazia carinho nos seus cabelos, e ela observava barbara trocar de roupa. - Às vezes pergunto-me quem vai casar...- Ela cerrou os olhos. - Você é irritante sabia? Zoo não escuta a sua mãe, ela não sabe como uma garota tem que demorar a se aprontar.- Revirei os olhos. - Esse está ótimo bah. - Ela se preparava para um protesto quando o fixo da casa tocava. Estiquei a mão pondo no ouvido - alô? - - Olá, eu sou Julia do centro médico, os exames da senhora B
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