capitulo 34

O globo de neve escorregou dos meus dedos, se chocando no chão, por sorte o vidro resistente não o quebrou, mas o barulho foi inevitável.

A respiração descompassada e rápida me fazia ficar tonta, com ondas de calor e frio ao mesmo tempo, os meus olhos doíam. Lagrimas marejavam os meus olhos, e uma imensa vontade correr enchia-me o peito e o pensamento. Alguém que não vi, pegou o globo de neve rapidamente e entregou-me, tirando a minha mente de devaneios terríveis que não queria nunca mais cogitar a hipótese de que existiam.

— Não quebrou, mas foi por pouco... moça? — o garoto da loja me sorria.

O olhei lentamente ainda confusa, assenti, e ele dirigiu-me ao caixa. — é isso moça? — confirmei com um nó na minha garganta.

Como aquele homem podia estar vivo? Como ele ainda podia estar livre?! A minha pele pinicava e uma vontade imensa de limpar-me inundava o meu ser, senti nojo de mim mesma.

— São trinta e cinco. — Pisquei lutando contra o pânico dentro de mim.

— Sim, claro. — Abri a carte
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