O homem permaneceu de pé, de costas para a luz, completamente à vontade, mesmo com o estrondo que Eliana havia causado. Em vez de se alarmar, ele encontrou espaço para deboche:
— Nada mal. Até nessas condições, você consegue me localizar pelo som.
Eliana encarou a silhueta ereta e imponente dele, mas sua expressão estava ainda mais sombria do que o quarto mal iluminado.
— Quem é você, afinal?
— Que pergunta... Eu sou o Falcão, é claro...
Ele mal terminara a frase quando foi interrompido pelo movimento súbito de Eliana.
Em um piscar de olhos, ela já estava atrás dele, a mão direita pousando firmemente em seu ombro esquerdo, pronta para girá-lo e ver seu rosto de uma vez por todas.
Falcão, no entanto, reagiu com rapidez e segurou a mão dela em sua palma com firmeza, um sorriso brincando em seus lábios.
— Se você queria me ver, era só pedir. Afinal, não somos estranhos. Não tenho nada a esconder.
Dizendo isso, ele se virou lentamente.
E foi naquele momento que Eliana v