Paul se encontrou sem palavras diante do olhar afiado de Inês.
- Caramba, mestra, você sempre me deixa sem palavras. Nada escapa nada aos seus olhos. - Ele suspirou.
Enquanto falava, Paul tirou um cigarro da bolsa, mas antes mesmo de conseguir pegar o isquiro, Inês o pegou.
- Emanuel tem uma doença mental hereditária, não é? - Questionou Inês.
- Se você já sabe disso, por que está me perguntando? - Paul deu de ombros.
Inês ficou em silêncio. Aquilo era a confirmação que ela queria.
- É grave? Pode ser tratado?
- Não é grave, e pode ser tratado. Se você intervisse, eu não teria mais nada para fazer aqui. - Paul foi direto.
- Eu descobri isso hoje, a condição dele. - Inês disse, e devolveu o cigarro para ele.
Se ela soubesse antes da situação de Emanuel, certamente teria começado o tratamento mais cedo.
- Mestra, ouvi dizer pelo Bryan que você e Emanuel estão namorando. Quando isso começou? - Perguntou ele.
- Não somos namorados. - Corrigiu Inês.
Paul ficou confuso.
No momento seguinte