Inês estava encolhida no sofá, e a Pipoca simplesmente se acomodou em cima das suas pantufas, levantando a cabeça para encarar ela.
- Pipoca, me diz, será que eu fiz errado hoje? - Perguntou Inês, se lembrando da expressão de Emanuel. O coração dela doía só de lembrar.
Inês segurou Pipoca, colocando ele no colo. Sentiu um aperto no peito, prestes a chorar.
- Ele gosta de mim, mas não posso ser egoísta. E se ele se arrepender no futuro? O que eu faço?
Era melhor acabar as coisas antes que piorassem.
Quem sabia, em pouco tempo, o amor dele por ela se perderia aos poucos.
Ao pensar nisso, as lágrimas de Inês não puderam mais ser contidas.
Só de imaginar que Emanuel deixaria de amar ela e que, no futuro, poderia se apaixonar por outra mulher, seu coração se apertava.
Pipoca, vendo a dona chorar, estendeu suas patas dianteiras, como se quisesse consolar ela.
Inês acariciou a cabeça do cachorro, mas as lágrimas não paravam.
Subitamente, o celular dela tocou.
Inês deu uma olhada e era Rahma