Emanuel recostou-se na cadeira, exalando calma e confiança.
- Dormiu comigo e agora não quer assumir a responsabilidade?
Inês replicou, desafiadora:
- Eu paguei!
Podia ter sido pouco, mas ainda era dinheiro!
Emanuel recordou aquela transferência de nove e noventa e sentiu um aperto no coração, como se estivesse prestes a sofrer um ataque cardíaco.
"Maldita mulher!"
Ele agarrou Inês pelos ombros, forçando-a a se sentar.
- Inês, o que pensa que eu sou...
Ela aspirou fundo, friamente.
A dor irradiava do seu ombro esquerdo.
Emanuel hesitou por um momento, percebendo uma umidade quente em sua mão. Ao olhar, viu sua própria palma da mão manchada de sangue.
- Está ferida! - Exclamou Emanuel, sua voz tingida de preocupação e pânico.
O tom escuro do vestido de Inês escondeu o sangue e, com a luz fraca no carro, ele não notou.
Inês, com um ar frio, afastou a mão dele.
- Não é nada, só um arranhão.
Para ela, era um mero arranhão causado por uma bala que passou raspando. Na sua opinião, não era gr