Inês dormiu profundamente até a manhã do dia seguinte. Ao despertar, se deparou com Emanuel sentado ao lado da cama, olhando fixamente para ela. Ele não tinha pregado os olhos durante a noite inteira. Seus olhos, geralmente frios e escuros, mostravam sinais de vermelhidão e inchaço, e suas profundas olheiras denunciavam a falta de sono.
- Você acordou. - Disse Emanuel, com a voz especialmente rouca.
Emanuel ajudou ela a se sentar e ofereceu um copo de água morna.
- Obrigada. - Assentiu Inês.
Inês bebeu metade da água e, logo que colocou o copo para baixo, Emanuel a abraçou fortemente.
- O que você está fazendo? - Indagou Inês, surpresa diante do gesto repentino.
Ele a abraçou com tanta força, como se quisesse esmagar seus ombros, fazendo ela ficar sem fôlego.
- Inês - Chamou Emanuel, pelo seu nome com uma voz rouca e continuou: - Eu não vou deixar nada acontecer com você, nunca!
Inês pensou que ele ainda estava preocupado com o incidente do dia anterior, quando ela havia passado mal