CAMILY
Abrir aquela porta foi como assinar a sentença de morte dos meus planos de manter distância de Theo. Vi meu autocontrole desmoronar na mesma hora.
Merda. Merda. Merda.
— O que você está fazendo aqui?! — perguntei entre dentes, varrendo o corredor com os olhos.
Antes que ele respondesse, agarrei o colarinho da sua camisa e o puxei para dentro da sala, trancando a porta com um estalo seco.
— Você enlouqueceu de vez, Theo? Eu trabalho aqui! Você não pode simplesmente aparecer assim! — comecei a andar de um lado pro outro, com minhas mãos na cabeça, tentando raciocinar. — Como você entrou? Alguém te viu? Se a diretora ou um dos meninos te encontrar aqui, eu tô fodida! F-O-D-I-D-A!
— Que meninos? — ele perguntou, com aquela voz baixa, quase um rosnado.
Aquilo me fez parar no mesmo instante.
— Sério que você tá preocupado com isso agora? Com ciúme?! Eu tô tentando não ser demitida, Theo. Não esquece que nem todo mundo é rico ou mora em uma mansão de revista. — cuspi, irritada.
— Como