No momento em que Lorena segurou a mão de Michele, ela não tinha mais escolha: só podia levar a sogra e pular no Rio Esperança.
Atrás delas havia um mar de chamas que poderia pulverizá-las, e à frente, o profundo e insondável Rio Esperança.
Ela escolheu a segunda opção. Apesar dos perigos imprevisíveis que o rio representava, ainda existia uma pequena esperança. Lorena estava disposta a apostar nessa mínima chance.
Afinal, na primeira opção, talvez nem mesmo uma fagulha de esperança existisse.
Com o impacto da colisão do carro, a explosão da bomba e os franco-atiradores escondidos, proteger Michele era algo que Lorena sabia não ser capaz de garantir.
Mas ela também não estava disposta a se render ao destino.
Depois que ambas caíram na água, Lorena continuou segurando firmemente a mão de Michele.
A força da explosão e a súbita sensação de queda fizeram com que Michele perdesse a consciência assim que atingiu o rio.
Lorena, com o pouco de lucidez que ainda tinha, cerrou o