Ela estava completamente tensa, lutando contra a dor, tentando ao máximo não virar e questioná-la.
Questioná-la sobre o que lhe dava o direito de ser sua mãe?
Ela não tinha direito nenhum de ser a mãe de Noemi.
A mão que segurava a maçaneta estava apertada, mas, no instante seguinte, ela a soltou.
Ela não disse uma palavra sequer e, sem hesitar, levantou a perna e foi embora.
No entanto, Helen não desistiu.
Ela correu atrás dela e rapidamente agarrou seu pulso.
— Noemi, fale algo para a mamãe, só uma palavra, por favor. — Sua voz estava embargada, quase em tom de súplica.
Mas as palavras e o toque de Helen tocaram diretamente a barreira que Noemi havia erguido em seu coração.
Ela não se importou se Helen cairia. Apertou os punhos e, com toda a força, tentou afastar a mão dela.
Helen soltou um grito de surpresa e, sem estar preparada, recuou alguns passos, mas não caiu.
Foi então que a voz de Noemi se fez ouvir, fria e até cruel:
— Senhora, não se meta a reconhecer parentes. Eu não tenh