Guilherme deixou Heitor para cuidar dos assuntos finais e saiu com Lorena.
No carro, ele queria perguntar se ela havia se assustado, mas em sua mente surgiram várias cenas dela enfrentando as pessoas e a forma calma com que lidou com a situação da bomba. Ele suspirou em silêncio.
Sua Sra. Santos parecia não ser tão medrosa assim, então ele mudou a pergunta:
— Vamos para casa? Ou para o escritório?
Lorena, sentada no banco do passageiro, pensou por três segundos, depois se virou para ele e, com um sorriso suave, disse:
— Para casa.
— Está bem. — Ele estendeu a mão e acariciou a parte de trás da cabeça dela antes de dar partida no carro e sair da delegacia.
No carro, um silêncio se prolongou por um bom tempo, até que Lorena finalmente falou:
— Antes de você chegar, eu estava pensando em uma coisa.
Guilherme respondeu, mantendo os olhos na estrada:
— O que estava pensando?
— Ela tinha o que há de mais precioso neste mundo, poderia ser considerada uma vencedora na vid